Eleições 2024: o primeiro turno pelo olhar das mulheres que inspiram o candidato Valdeci Oliveira

Para contar a história de Valdeci Oliveira no primeiro turno das eleições, ninguém melhor do que as mulheres que estiveram ao lado do candidato. Nesta segunda-feira (7), a esposa Elaine, as filhas Diossana e Tamara, e a amiga Cerlene estiveram na edição especial do Jogo de Cintura e falaram sobre os bastidores da campanha, o momento da apuração e as expectativas para a sequência do trabalho. Aquelas histórias que só elas sabem.

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Para a apresentadora e diretora de jornalismo do Grupo Diário, Fabiana Sparremberger, o programa também é uma forma de entender a participação das mulheres na construção da campanha dos candidatos:

– Além de conhecermos um pouco mais sobre o dia a dia do candidato, é também perceber qual a avaliação dessas mulheres sobre políticas para outras mulheres. A gente trouxe isso para a mesa. Para nós mulheres, e para toda a audiência, é importante trazermos pautas que geralmente não são trabalhadas no restante da cobertura.

Confira, abaixo, as histórias que foram contadas por mulheres que acompanharam de perto a trajetória do candidato no primeiro turno. 

Os dias que começavam às 7h e terminavam à meia-noite

Das 7h à meia-noite, foram longos dias de campanha. Nem o sol forte, característico dos primeiros dias de primavera, foi impedimento para que o candidato circulasse por toda a cidade. Para Elaine, Diossana, Tamara e Cerlene, o resultado foi positivo. Na trajetória, conforme a filha Diossana, o respeito pelos adversários, que sempre foi ensinado em casa, também se mostrou presente:

– Foram dias intensos, não paramos. Eram das 7h à meia-noite, no mínimo. Mas acaba que ele só reforça tudo o que ele fez na trajetória, que é conversar com todas as pessoas e ir em todos os bairros, vilas e localidades. Foi algo que ele sempre fez, mas os últimos dias foram bem intensos. 

“Teve que fazer um furo novo no cinto”

O ritmo foi tão acelerado que foi preciso até fazer um novo furo no cinto. Diossana, que esteve à frente da campanha ao lado da pai, conta que foram muitas andanças por bairros, vilas e distritos. Além do apoio de famílias inteiras, o resultado de todos esses trajetos foi estampado na balança.

– Nos pesamos juntos essa semana. E foram quatro quilos que ele eliminou nessa campanha. Teve que fazer um furo novo no cinto – diz Diossana.

A amiga conta que a intensidade da campanha deste ano lembra o ano de 1988 – em que Valdeci foi eleito vereador de Santa Maria pela primeira vez. O segredo para tanta energia? Para as filhas e a esposa, a resposta está em um bom prato de arroz, feijão, carne e muita salada.

– Eu sempre digo para ele ‘tu tem que parar um pouco e raciocinar, não é mais aquele de início’. Se ele desce do carro, quando a gente vê, está longe. Conversa com um, conversa com outro… Fazemos o possível para cuidar da alimentação. Ele diz que se cuida, mas eu não sei – afirma Elaine.

Apuração entre esperança e o pé no chão

Desde o início, elas sabiam que uma vitória no primeiro turno seria difícil, mas não impossível. A esperança pela definição no domingo, dia 6, era fruto da recepção da comunidade que demonstrava apoio ao candidato. Conforme Cerlene, eram incontáveis gestos de confiança durante a campanha:

– Famílias inteiras dizendo que iam votar e apostavam que era a mudança que queriam. Então, assim, eu esperava, mas sabia a dificuldade que tinha porque eram muitos candidatos. Se fosse menos, não tenha dúvida, estamos aqui amanhecidos.

Apesar da vitória não ter vindo no primeiro turno, para a esposa e as filhas, foi uma grande vitória. A expectativa, agora, é para os 20 dias que as separam do segundo turno.

– Se a gente analisar a questão dos números, foi mais de 40%. Então, é um número excelente porque são sete candidatos. Tinha uma fagulha de ‘pode ser que aconteça’ porque nada é impossível na vida, mas tínhamos consciência que era algo muito difícil – afirma Diossana. 

Emoção que multiplica 

Na confirmação do resultado, o momento foi de emoção. E não demorou muito para que o sentimento tomasse conta da família e dos apoiadores. A esposa e a amiga lembram que a chegada no comitê, após a apuração, foi um dos momentos em que Valdeci mais se emocionou.

– Não é o Valdeci que chega, é uma proposta. E a emoção de ontem, quando ele chegou no comitê, foi de ‘puxa vida, não acredito’. É demais para nós, sabe? No sentido do que éramos, de como começamos e onde está, hoje, todo esse projeto – afirma Cerlene.

A mobilização foi tamanha que o vovô Valdeci nem chegou a tempo para a foto:

– Minha filha mais velha falava: ‘vamos tirar uma foto com o vovô e o Pimenta'. Fomos tentando, tentando… e ela tirou uma foto. Mas só com o Pimenta porque com o vovô ela não conseguiu. Ele realmente tem isso de cativar as pessoas. As pessoas gostam dele pela essência. Ele chega nos bairros e sabe onde mora o seu José, o seu Francisco e a dona Maria… – conta Diossana.

As mulheres no governo Valdeci 

As mulheres têm um papel fundamental no apoio mas também na construção das propostas de governo. De acordo com Diossana, antes da campanha, foi criado um grupo de trabalho composto por mulheres de diferentes profissões, regiões e classes sociais. Foram elas que construíram as ideias e trataram de temas como violência contras as mulheres e formas de acolher as vítimas:

– Nós, juntas, construímos as propostas para as mulheres de Santa Maria. Não sabemos quem vai ocupar os cargos, mas uma coisa eu posso garantir porque eu estava lá, participando dessa construção, é que nós vamos ter políticas públicas para as mulheres. 

Confira o programa na íntegra: